19 fevereiro 2013

Somos medrosos. Medrosos até demais.
Tem gente que tem medo do escuro, medo de arriscar, medo de falar, medo de contar a verdade, medo de magoar, medo de ser magoado, medo de fracassar, medo de perder, medo de deixar alguma oportunidade passar..
São tantos os motivos que nos fazem tremer, que falta é espaço pra escrever o que mais nos assusta.
Acredito que o que mais me amedronta é a incerteza. As inconstâncias da vida me apavoram. Num dia tudo está tão bem, e no outro, tudo pode estar de mal a pior.
Diversas vezes me vi perdida em pensamentos pessimistas, esperando o pior. Mesmo que eu estivesse vivendo um momento maravilhoso, já pensava na possibilidade de algo ruim acontecer.
Talvez isso seja porque os maiores golpes que a vida me deu me pegaram desprevenida, e eu odiei a sensação de ser machucada e não ter me prevenido.
Eu ouvi uma pregação maravilhosa do meu pastor nesse domingo, que realmente fez efeito em mim. Ele falou exatamente sobre o medo. O medo nos paralisa. Nós só precisamos de uma pontinha de medo pra ele contaminar todo o nosso corpo e afetar todos os nossos planos.
Parei pra pensar no quanto eu já fui covarde. Eu perdi três anos da minha vida com medo de me apaixonar, afastei todas as pessoas que eu pude e deixei todos os homens que eu conheci na zona da amizade. Quando resolvi arriscar, me magoei de novo e o medo se manifestou novamente.
Hoje eu enxergo que simplesmente não era pra acontecer. Eu vejo que vivi momentos bons, conheci pessoas maravilhosas e outras que não me mereciam, mas que ninguém que passou pela minha vida era aquela pessoa que eu posso chamar de "pessoa certa pra mim".
Talvez eu ainda me magoe, mas se for pra ser assim, que seja.
Já tive medo de arriscar até no vestibular. Eu quase entreguei os pontos, e cheguei a dizer "que ridículo.. é claro que eu não vou passar. São tantas pessoas concorrendo..eu nem sou tão inteligente assim". E Deus me fez ficar de queixo caído quando vi meu nome na lista dos aprovados no vestibular e no curso que eu sonhava há anos.
Uma das piores consequências do medo é quando nos sentimos incapazes, quando não nos sentimos merecedores de algo.
O medo nos cala, nos confronta, nos faz duvidar de nós mesmos, nos impede de prosseguir.
Se eu fui capaz de realizar tudo isso com medo, imagina aonde eu posso chegar SEM medo?
Viver é uma escolha, e eu escolhi viver sem qualquer vestígio de medo.
Tá.. até parece que é fácil, mas eu realmente estou tentando.
11 fevereiro 2013


Mesmo que inconscientemente, sempre queremos dar algum rótulo às situações, aos lugares, aos relacionamentos.
Se conhecemos alguém que simpatizamos, mas que não é muito próximo de nós, colocamos o rótulo de "colega".
Se conhecemos alguém que nos identificamos, que nos ajuda, que está sempre ao nosso lado, damos o rótulo de "amigo".
Se conhecemos alguém que nos interessa, que nos chama a atenção, damos o rótulo de "paquera" ou algo semelhante.
Certa vez eu li que quem realmente vai dizer qual o seu verdadeiro status é o seu coração. De que adianta colocar um rótulo de namoro, casado... ou qualquer outra coisa se você não se sente assim e nem tem atitudes de acordo com tal rótulo?
De que adianta rotular alguém de amigo se a pessoa não tem nem a metade da consideração que um conhecido teria ?
Rotulamos as situações constantemente. "Que situação maravilhosa", "que momento constrangedor", "esse dia será perfeito". Quanta expectativa e quanta pressão sempre acabamos dando aos momentos ao invés de só vivê-los.  Talvez se rotulássemos menos, nos frustaríamos menos também.
Quem tal vivermos sem rótulos? Sem a pressão de um rótulo, sem essa necessidade de nomear as coisas o tempo todo. Que tal a gente só viver de acordo com a nossa vontade, com o que queremos fazer e de acordo com o que queremos?
Seria um sonho, né? Talvez um dia possamos aprender a viver sem essa necessidade de rotular tudo.

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